Biotecnologia
Autoria: Ana Flávia Marques
A Teoria da Evolução revolucionou o pensar da Biologia enquanto Ciência que estuda os seres vivos – sua origem, sua morfologia, fisiologia e ecologia. Charles Darwin, um naturalista por excelência, foi o pai de tal revolução, afirmando que os seres vivos teriam evoluído de um ancestral comum, herdando pequenas modificações, que se perpetuariam ou não, por seleção natural.
O mecanismo da coevolução, a natureza do desequilíbrio de ligação ou a história da diversidade das espécies pode atrair o interesse de poucas pessoas, mas o tópico da evolução humana é de interesse praticamente universal. Segundo FUTUYAMA (1992), esse é o ponto central dos ataques dos criacionistas à evolução, e/ou o tema que pode oferecer pistas ao mistério que cerca o “modelo perfeito dos animais” e a compreensão das possibilidades e limitações da natureza humana.
O homem é um produto da evolução, sendo assim, muitos dos problemas relacionados a ele podem ser entendidos apenas quando o homem é considerado como um organismo evoluído e em evolução. O conhecimento profundo dos princípios e mecanismos da evolução é, portanto, um pré-requisito para entender o homem (MAYR, 1977).
Dessa forma, o trabalho aqui apresentado visa ser um primeiro passo para o conhecimento dos princípios básicos que nortearam Charles Darwin no postulado da Teoria da Evolução. O tema justifica-se pois a evolução, um dos conceitos e descobertas fundamentais ao pensamento moderno, é ponto central para a Biologia contemporânea e para o uso da Biologia na sociedade atual.
Sem a evolução, tanto a genética como a fisiologia, perderiam a coerência; numerosas aplicações práticas da biologia seriam puramente empíricas e teriam uma fundamentação teórica fraca, se é que teriam alguma. De um ponto de vista filosófico, certamente nada pode trazer mais satisfação do que conseguir um entendimento sobre nossa origem e a dos outros seres vivos e podemos muito bem concordar com Darwin que ‘existe grandeza nesta visão da vida’, na qual ‘de um começo tão simples, incontáveis formas muito bonitas e maravilhosas, têm se desenvolvido e estão se desenvolvendo’ (FUTUYAMA, 1992, p.563).
1.0 - CHARLES DARWIN – BREVE BIOGRAFIA
Charles Darwin, naturalista inglês, nasceu em 12 de fevereiro de 1809, em Shrewsbury. Robert Darwin, seu pai, era Físico, filho de Erasmus Darwin, poeta, filósofo e naturalista. A mãe de Charles, Susannah Wedgood Darwin morreu quando ele contava apenas oito anos de idade.
Com dezesseis anos, Darwin deixou Sherewsbury para estudar medicina na Universidade de Edinburgh. Repelido pelas práticas cirúrgicas sem anestesia (ainda desconhecida na época), Darwin parte para a Universidade de Cambridge, com o objetivo (imposto pelo seu pai) de tornar-se clérigo da Igreja da Inglaterra.
A vida religiosa não agrada a Darwin, e em 31 de dezembro de 1831 ele aceita o convite para tornar-se membro de uma expedição científica a bordo do navio Beagle. Assim, Darwin passa cinco anos (1831 a 1836) navegando pela costa do Pacífico e pela América do sul. Durante este período, o Beagle aportou em quase todos os continentes e ilhas maiores à medida que contornava o mundo, inclusive no Brasil. Darwin fora chamado para exercer as funções de geólogo, botânico, zoologista e homem de ciência. Esta viagem foi uma preparação fundamental para a sua vida subseqüente de pesquisador e escritor. Tanto é verdade que na introdução de seu livro ele assim se refere: "as relações geológicas que existem entre a fauna extinta da América meridional, assim como certos fatos relativos à distribuição dos seres organizados que povoam este continente, impressionaram-me profundamente quando da minha viagem a bordo do Beagle, na condição de naturalista. Estes fatos (...) parecem lançar alguma luz sobre a origem das espécies (...) julguei que, acumulando pacientemente todos os dados relativos a este assunto e examinando-os sob todos os aspectos, poderia, talvez, elucidar esta questão" (p.17).
Em todo o lugar onde ia, Darwin reunia grandes coleções de rochas, plantas e animais (fósseis e vivos) enviadas à sua pátria. Imediatamente, após seu regresso à Inglaterra, Darwin iniciou um caderno de notas sobre a evolução, reunindo dados sobre a variação das espécies, dando assim os primeiros passos para a Origem das Espécies. No começo, o grande enigma era explicar o aparecimento e o desaparecimento das espécies. Assim surgiram, em sua cabeça, várias questões: por que se originavam as espécies? Por que se modificavam com o passar dos tempos, diferenciavam-se em numerosos tipos e freqüentemente desapareciam do mundo por completo?
A chave do mistério Darwin encontrou casualmente na leitura: "Ensaio sobre a População", de Malthus.
Depois disso, nasceu a famosa doutrina darwinista da seleção natural, da luta pela sobrevivência ou da sobrevivência do mais apto - pedra fundamental da Origem das Espécies.
As pesquisas feitas pelo naturalista durante a viagem abordo do Beagle é que fundamentaram sua Teoria da Evolução, servindo de base para o famoso livro Origem das Espécies, cujo título original em Inglês é On The Origin of Species By Means of Natural Selection ( Na Origem das Espécies – Sob o Conhecimento da Seleção Natural). A obra foi publicada em 1859, sob o bombardeamento das controvérsias – o que era(é) muito natural: Darwin estava(está) mudando a crença contemporânea sobre a criação da vida na Terra. No livro Origem das Espécies, Darwin defende duas teorias principais: a da evolução biológica - todas as espécies de plantas e animais que vivem hoje descendem de formas mais primitivas - e a de que esta evolução ocorre por "seleção natural". Os princípios básicos da teoria sobre a evolução de Charles Darwin, apresentados na Origem das Espécies, são quase que universalmente aceitos no mundo científico; embora existam controvérsias em torno deles.
A Origem das Espécies demonstra a atuação do princípio da seleção natural ao impedir o aumento da população. Alguns indivíduos de uma espécie são mais fortes, podem correr mais depressa, são mais inteligentes, mais imunes à doença, mais agressivos sexualmente ou mais aptos a suportar os rigores do clima do que seus companheiros. Estes sobreviverão e se reproduzirão, enquanto os mais fracos perecerão. No curso de muitos milênios, as variações levaram à criação de espécies essencialmente novas.
Após a publicação de sua obra mais famosa, Darwin continua a escrever e publicar trabalhos na área da Biologia por toda a sua vida. Ele passa a viver, com sua esposa e filhos, em Downe, um vilarejo a 50 milhas de Londres. Sofre de síndrome do pânico e mal-de-Chagas, o último adquirido durante sua viagem pela América do Sul. A morte chega em 19 de abril de 1822. Charles Darwin é sepultado na Abadia de Westminster.
2.0 - A TEORIA DA EVOLUÇÃO
A noção de que os seres vivos do passado eram diferentes dos atuais e que eles mudaram com o tempo ocorreu a muitos naturalistas dos séculos XVIII e XIX. Muitos deles trabalharam no sentido de elaborar uma teoria coerente para explicar a evolução. Mas foi Darwin quem acumulou uma quantidade tão grande de evidências que tornou inevitável a aceitação da teoria evolucionista. Além disso, sua obra é completamente original ao desenvolver novos conceitos, como os de adaptação, luta pela vida e divergência de caracteres.
Entre outros exemplos de ação da seleção artificial, Darwin toma o das raças inglesas de aves de capoeira e conclui que descendem de uma espécie selvagem indica, o Gallus bankiva. Do mesmo modo, mostra o cientista inglês que a multiplicação de raças de pombos domésticos provém, por seleção artificial, do Pombo torcaz, Columbia livia, compreendendo com este termo muitas espécies geográficas que só diferem umas das outras em aspectos insignificantes.
Darwin admite o fato de que "determinadas variações úteis ao homem são, provavelmente, produzidas sucedânea e gradualmente por outras"(p.39). Cita ele até certas variações, que nós chamamos hoje mutações, como o Cardo Penteador, o Cão Tournebroche ou o Carneiro Ancon que "surgiram de maneira súbita". Mas ele não se detém em tais tipos de variações bruscas de grande amplitude. Efetivamente, Darwin mostra que a chave da origem de todas as raças atuais se encontra no poder de seleção e de acumulação que o homem exerce nas variações sucessivas fornecidas pela natureza. Considera ele que, desde os tempos mais remotos, funcionou uma "seleção inconsciente", quando o homem escolhia espontaneamente as plantas e os animais que lhe eram mais úteis, durante um grande número de gerações sucessivas. Considerando as circunstâncias favoráveis à seleção pelo homem, Darwin assinala a importância do número de indivíduos que se criam, pois "como as variações manifestamente úteis ou agradáveis ao homem se produzem apenas casualmente, tem-se tanto mais desejo em produzi-las quanto maior é o número de indivíduos que se criam" (p.46). Se substituíssemos variações pela palavra mutações, esta última asserção de Darwin ainda seria válida hoje. Essa variabilidade - mal definida na ausência da genética - pode-se substituir, sem dificuldades, por variações hereditárias do patrimônio genético - mutações.
Darwin considera temerário afirmar, como fazem alguns autores, que os animais domésticos teriam atingido o limite da variação, isto é, que não são suscetíveis de se transformar. A atualidade mostra que ele tinha razão.
Por analogia com a seleção artificial, Darwin concebeu o que continua sendo o núcleo válido de sua teoria, a seleção natural. Assim surgem algumas perguntas: o princípio da seleção, que se apresenta tão poderoso entre as mãos do homem, aplica-se ao estado selvagem? Quais podem ser as causas que resultam no mecanismo da seleção natural? A essas questões, Darwin responde tomando como ponto de partida a rapidez com que os seres organizados tendem a multiplicar-se.
Darwin chega à conclusão de que a luta pela existência leva, na natureza, à seleção natural. Este combate pela vida é, segundo o evolucionista inglês, a conseqüência necessária e "inevitável" do princípio do aumento geométrico que rege o crescimento dos seres vivos e constitui a aplicação aos reinos animal e vegetal da doutrina de Malthus. O princípio básico enunciado por Malthus é que a população aumenta muito mais depressa que os alimentos. Diz ele: "a população, quando não limitada, cresce numa proporção geométrica. A subsistência aumenta apenas em proporção aritmética. Mesmo um conhecimento superficial de matemática mostrará a imensa superioridade da primeira força com relação à segunda. Nos reinos animal e vegetal, a natureza espalhou as sementes da vida com profusão e liberalidade. Foi, porém mais econômica no espaço e no alimento necessário para cultivá-las". A seqüência lógica do raciocínio de Malthus é que deve haver obstáculos constantes ao crescimento da população. O mais drástico de todos é a escassez de alimentos. Outros serão as atividades insalubres, o trabalho excessivo, a pobreza extrema, as doenças, o mau tratamento das crianças, as cidades grandes, as epidemias, a fome, os vícios, aos quais Malthus acrescentou mais tarde a 'repressão moral’(in: DOWNS, R.B. p.145).
Logo de início Darwin sublinha a dificuldade de ter sempre presente no espírito a luta universal pela sobrevivência como um efeito de uma superpopulação em relação à insuficiência dos meios de subsistência: "Contemplamos a natureza exuberante de beleza e de prosperidade e notamos, muitas vezes, uma superabundância de alimentação; mas não vemos, ou esquecemos, que as aves, que cantam empoleiradas descuidosas num ramo, nutrem-se principalmente de insetos ou de grãos, e que fazendo isto, destróem seguidamente seres vivos; esquecemos que as aves carnívoras e os animais de presa estão à espreita para destruir quantidades consideráveis destes alegres cantores, destruindo-lhes ovos ou devorando-lhes os
filhos; não nos lembramos sempre de que, se há superabundância de alimentação em certas épocas, o mesmo não se dá em todas as estações do ano" (p.69).
O autor de Origem das espécies mostra que até a espécie humana, cuja reprodução é lenta, pode dobrar em vinte e cinco anos, e, consequentemente, "em menos de mil anos, não haveria espaço suficiente no globo onde se conservasse de pé"(p.70). O elefante - que, entre os animais mais conhecidos, é o que se reproduz mais lentamente (reproduz-se dos 30 até os 90 anos) - chegaria, segundo o cálculo de Darwin, depois de cerca de 750 anos, a 19 milhões de indivíduos, partindo do primeiro casal. Evidentemente, nesses cálculos não são contabilizados os obstáculos que se opõem à tendência natural para a multiplicação.
"As causas que se opõem à tendência natural para a multiplicação de cada espécie são bastante obscuras"(p.72). Considerando que complexas e inesperadas são as relações recíprocas dos seres organizados que lutam na mesma região Darwin cita como principais barreiras à multiplicação: a quantidade de alimentos, o clima e a facilidade com que os indivíduos se tornam presas de outros animais. Além disso, característica de fundamental importância é a capacidade de reprodução.
Sabe-se que Darwin constatou o papel essencial da seleção natural na evolução das espécies. Neste sentido, ele questiona: quando vemos que variações úteis ao homem ocorreram, incontestavelmente, seria tão improvável que outras variações proveitosas, sob qualquer aspecto, para os seres organizados, em seu grande e incessante combate pela vida, tenham às vezes surgido no decorrer de milhares de gerações? Se semelhantes variações são possíveis - importante lembrar que o número de indivíduos que nascem é infinitamente maior do número dos que sobrevivem - deveríamos duvidar de que aqueles que têm alguma vantagem, por pequena que seja, sobre outros, não tenham mais chances de viver e propagar seu tipo? Por outro lado, qualquer variação nociva, em qualquer grau, pode acarretar a extinção do indivíduo. É a essa conservação de variações individuais favoráveis e à destruição das que são nocivas que aplicou o conceito de seleção natural ou de persistência do mais capaz.
Darwin coloca que muitos escritores têm compreendido mal e criticado a expressão seleção natural. Mas acredita que, depois de algum tempo, esses termos, a princípio novos, tornar-se-ão familiares, e as críticas "inúteis" serão esquecidas.
A seleção natural é gerada na "luta pela sobrevivência", mas Darwin logo adverte que emprega essa expressão no sentido metafórico mais amplo, compreendendo as relações de dependência que existem entre um ser e outro e, o que é mais importante, não apenas a vida do indivíduo, mas também a sua aptidão e bom êxito no que se refere a descendentes. Destaca que dois animais carnívoros, em tempos de fome, estão realmente em luta recíproca, para decidir qual deles obterá o alimento que o fará sobreviver. Mas uma planta situada às margens de um deserto luta pela vida contra a seca, ainda que fosse mais exato dizer que sua existência depende de umidade.
Diante disso, pode-se dizer que a luta pela existência, compreendida no sentido metafórico do termo, produz relações muito imbricadas entre as diferentes espécies na escala da natureza. Assim, Darwin constata que, na Inglaterra, a presença de mamangabas é indispensável à fecundação do trevo vermelho, pois só elas são capazes de perfurar a corola da flor, quando procuram o néctar. Mas o número desses insetos varia em função do número de ratazanas que destróem seus ninhos. Enfim, o número da população das ratazanas depende do número de gatos. Assim, é perfeitamente possível, observa Darwin, que a abundância do elemento felino em um local qualquer pode determinar através das ratazanas e das mamangabas a freqüência de certas plantas. Essas relações ecológicas complexas entre as espécies levam a uma seleção natural que, certamente, pode explicar as "coadaptações" algumas vezes muito complicadas.
Ainda, quanto à seleção natural, Darwin acredita que ela é responsável pela divergência dos caracteres, partindo de um ancestral comum e também pela extinção de certas cepas. A divergência dos caracteres é uma aquisição positiva na luta pela existência: "um grupo de animais, cujos organismos apresentam poucas diferenças, dificilmente pode lutar com um grupo cujas diferenças sejam mais pronunciadas" (p.112). Assim, continua o pesquisador inglês, pode-se duvidar, por exemplo, de que os marsupiais australianos, repartidos em grupos pouco diferentes uns dos outros e que representam vagamente (...) nossos mamíferos, carnívoros, ruminantes e roedores, pudessem um dia lutar com sucesso contra essas ordens tão fortemente caracterizadas. Cita como exemplo que "entre os mamíferos australianos podemos observar a diferença das espécies num estado incompleto de desenvolvimento" (p.112).
Segundo Darwin, a ação da seleção natural pode explicar o processo de progresso gradual: "A seleção natural atua exclusivamente no meio da conservação e acumulação das variações que são úteis a cada indivíduo nas condições orgânicas em que pode encontrar-se situado em todos os períodos da vida. Cada ser, e é este o ponto final do progresso, tende a aprimorar-se cada vez mais em relação a estas condições. Este aperfeiçoamento conduz inevitavelmente ao progresso gradual da organização de maior número de seres vivos em todo o mundo" (p.119). No entanto, Darwin reconhece a dificuldade que se tem ao definir o progresso da organização: "referimo-nos aqui a um assunto muito complexo, porque os naturalistas ainda não definiram, de forma satisfatória para todos, o que deve compreender por um 'progresso de organização' " (p.119). Para os vertebrados, trata-se, evidentemente, de um progresso intelectual e de uma conformação que se aproxime da do homem."
Darwin está perfeitamente consciente do papel do fator tempo na ação da seleção natural, cuja eficácia é enfatizada pelo grande naturalista: "por mais lenta que seja a marcha da seleção, já que o homem pode, com seus fracos meios, fazer muito por seleção artificial, não vejo nenhum limite para a extensão das mudanças, para a beleza e para a infinita complicação das coadaptações entre todos os seres organizados, tanto uns com os outros, quanto com as condições físicas nas quais eles se encontram, mudanças que podem, no decorrer do tempo, ser efetuadas pela seleção natural, ou a sobrevivência dos mais aptos." O papel predominante da seleção natural na concepção de Darwin é, por ele mesmo, posto em evidência.
Darwin evidencia o combate no interior de uma espécie e entre as diferentes espécies biológicas - intra e interespecífico -, em um habitat comum, como a base biológica de seleção natural. Assinala também que a luta pela existência é mais severa entre os indivíduos e as variedades da mesma espécie. Diz ele que a luta é muito mais intensa entre os indivíduos pertencentes à mesma espécie, os quais com efeito, freqüentam as mesmas regiões, procuram o mesmo alimento, e vêem-se expostos aos mesmos perigos. Darwin exemplifica dizendo que se semearmos juntas diversas variedades de trigo, e se mais tarde semearmos novamente os seus grãos misturados, as variedades às quais o solo e o clima serão mais convenientes, ou que são por natureza mais férteis prevalecerão contra as outras, fornecendo assim mais grãos, não tardando em suplantá-las completamente. Para conseguir conservar uma coleção de variedades muito vizinhas, como por exemplo, da ervilha-de-cheiro, é preciso, a cada ano, colhê-las separadamente, depois misturar suas sementes nas proporções desejadas. Pois, de outro modo, as variedades mais fracas diminuem e acabam por extinguir-se. Para provar que a concorrência recíproca será muito mais rigorosa entre as espécies de um mesmo gênero que entre as espécies de gêneros diferentes, Darwin cita, entre muitos exemplos, que nos Estados Unidos uma espécie de andorinha causou a extinção de uma outra congênere.
Esse combate intra-específico, na concepção de Darwin, não leva, de modo algum, à destruição da espécie, mas, ao contrário, leva um grupo formado pelos indivíduos mais aptos a sobreviver, conseqüentemente mais bem adaptados às suas condições de existência. No que se refere ao combate inter-específico, pode ele conduzir à eliminação de certas espécies ou variedades por outras mais bem armadas, mas em muitos casos, esse tipo de luta pela existência pode produzir um reforço recíproco das espécies em concorrência, pela sobrevivência dos indivíduos mais resistentes.
Além disso, a luta pela existência - inter ou intra-específica - explica as coadaptações muito diversas que existem na natureza: "a conformação de cada ser organizado está em relação, nos pontos mais importantes e algumas vezes mais ocultos, com a de todos os seres organizados com os quais se acha em concorrência para a sua alimentação e habitação, e com a de todos aqueles que lhe servem de presa ou contra os quais tem de defender-se"(p.79/80). Essa asserção é ilustrada pela conformação das garras e das presas do tigre e a das patas e dentes do parasita que se agarra aos pêlos de seu corpo. Não se limitando ao mundo animal, tais adaptações específicas se encontram também no reino vegetal. Assim, as sementes providas de um feixe de pêlos podem ser transportadas a distância e cair num terreno não ocupado por outras espécies; até a reserva de alimento que se acumula nas sementes de vegetais favorece espécies muito ricas em tais acúmulos, como por exemplo, as ervilhas e as favas quando se encontram disseminadas entre as plantas selvagens. Darwin observa ainda: "A substância nutritiva depositada nas sementes de muitas destas plantas parece, de início, não apresentar espécie alguma de conexão com outras plantas. Contudo, o crescimento vigoroso das novas plantas provindo destas sementes (...) parece indicar que a principal vantagem desta substância é favorecer o crescimento da sementeira na luta que sustenta com as outras plantas que crescem em volta de si" (p.80).
Recapitulando sua concepção da luta pela existência, Darwin conclui com otimismo que devemos "lembrar-nos a todo instante que os seres organizados se empenham incessantemente por se multiplicar seguindo uma progressão geométrica; cada indivíduo, em algumas fases da vida, durante determinadas estações do ano, no decurso de cada geração ou em certos intervalos, deve lutar pela sobrevivência e permanecer exposto à destruição. O simples fato de pensar nesta luta universal provoca tristes reflexões; todavia, podemos consolar-nos com a certeza de que a luta não é incessante na natureza, que o medo é desconhecido, que a morte está geralmente pronta, e que os seres vigorosos, sadios e afortunados sobreviverão e se multiplicarão" (p.81).
Outro tipo de seleção que Darwin evidencia é a chamada seleção sexual. Esta, é ainda considerada com reserva no mundo científico. Sabe-se que não se trata de uma luta pela existência, no sentido estrito da palavra, mas de um combate pelo prolongamento da existência individual na descendência. O pesquisador assim coloca: esta espécie de seleção não depende da luta pela sobrevivência com outros seres organizados, ou com as condições ambiente, mas a luta entre os indivíduos de um mesmo sexo, ordinariamente machos, para assegurar a posse do sexo oposto. Esta luta não cessa com a morte do vencido, mas pela falta ou pela pequena quantidade de descendentes"(p.90/91). Acrescenta ainda: "A seleção sexual, é pois, menos rigorosa que a seleção natural" (p.91).
Sabe-se que os machos diferem das fêmeas de sua espécie pelos caracteres sexuais primários - órgãos de reprodução -, mas também por caracteres sexuais secundários como por exemplo, a cauda do pavão. É a seleção sexual a responsável, segundo Darwin, por esses atributos que servem para combater e repelir os rivais, impedindo-os assim de fecundar as fêmeas, enquanto os ornamentos, as cores, os odores, etc., têm a função de atraí-las. O pesquisador inglês considera que se deve atribuir tais caracteres à ação à seleção sexual e não à seleção ordinária, pois os machos desprovidos de tais atributos secundários poderiam afrontar a luta pela existência e engendrar uma numerosa descendência, se não encontrassem machos mais bem dotados em armas ou em atrativos; a prova disso é que as fêmeas que não possuem tais meios suplementares podem muito bem sobreviver e reproduzir a espécie. Darwin estabelece uma analogia entre a seleção sexual e a artificial: da mesma maneira que o brutal criador de galos de briga pode aprimorar a raça pela escolha rigorosa dos seus mais belos exemplares, assim também os machos mais vigorosos, isto é, os que são mais capazes a ocupar o seu lugar na natureza, deixam um número maior de descendentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como disse Darwin, no mundo inteiro, a seleção natural procura, a cada dia, a cada hora, as mais leves variações; rejeita as que não servem, preservando e acrescentando as que servem. É desta forma que a teoria da evolução contínua é apresentada na Origem das Espécies.
A específica contribuição que Darwin trouxe às investigações evolucionistas é o princípio da seleção natural. A evolução progride em perfeição cada vez maior, porque os organismos são selecionados. Quem faz essa seleção é a própria natureza; seleção muito mais profunda que a seleção artificial. Para explicar a modalidade em que essa seleção acontece, Darwin se reporta a Thomas Malthus, cujas teorias em torno do crescimento populacional preconizavam, no futuro, uma luta pela sobrevivência. Para o pesquisador, a luta pela vida, oriunda da falta de alimentos e condições de vida adversas, sempre existiu, e nesta luta sobreviveram sempre os organismos mais fortes, mais rijos, ocasionando uma seleção constante. Tal seleção é auxiliada por uma seleção sexual, pois os acasalamentos se dão entre espécimes mais fortes; pelas mudanças ambientais, pois estas sempre acontecem em benefício das espécies; pela hereditariedade, pois os filhos recebem, na geração, os caracteres dos pais.
Pode-se dizer que a influência de Darwin em quase todos os ramos importantes do conhecimento foi e continua a ser profunda.
Basicamente, Darwin apresentou um mecanismo aceitável para explicar como as espécies se modificam. Ele documentou que os organismos se modificam contínua, lenta e gradualmente, de modo a, sem saltos, originar novos tipos de seres vivos ao longo de uma série de etapas intermediárias de seres em transformação; admitiu que estas mudanças permitem aos organismos adaptarem-se ao meio onde vivem e que elas são promovidas pela seleção natural - um mecanismo que favorece determinados indivíduos a deixar mais descendentes do que outros.
Cabe ressaltar que também em relação à evolução, Darwin foi pioneiro ao transpor a análise individual dos organismos - feita pela biologia clássica - para os estudos modernos que envolvem populações inteiras de plantas e animais.
Para sintetizar, Darwin é, com toda justiça, considerado um dos mais criteriosos e competentes observadores da natureza. Demonstrou que a adaptação ao ambiente decorre da ação da seleção natural e foi o seguidor e cloncluinte de uma teoria científica que, antes dele, vinha germinando ou que, pelo menos, já tinha sido prognosticada filosoficamente.
Alguns evolucionistas pós-darwinianos tenderam a propagar uma idéia empobrecida, ingenuamente feroz, da seleção natural, a idéia da pura e simples "luta pela vida", expressão que inclusive não é de Darwin, mas de Spencer. Os neodarwinianos do começo deste século propuseram, ao contrário, uma concepção muito mais rica, importante e mostraram, baseados em teorias quantitativas, que o fator decisivo da seleção não é a "luta pela vida", mas no interior de uma espécie, a taxa diferencial de reprodução.
Para finalizar, Darwin não nega que alguns se opõem à teoria da descendência - modificada pela variação e pela seleção natural - com numerosas e sérias contestações. Porém, o pesquisador considera a objeção levantada por sir William Thompson como uma das mais sérias. Dizia ele que o intervalo decorrido desde o surgimento da Terra teria sido insuficiente para permitir a soma das alterações orgânicas que se admite. Darwin responde a isso dizendo, em primeiro lugar, que não há como precisar (avaliada em anos) a rapidez das modificações das espécies e, depois, que muitos cientistas até admitem o insuficiente conhecimento da constituição do universo e do interior do Planeta para saber de forma precisa sua idade.
Darwin acrescenta ainda que se forem considerados períodos longos, a geologia prova que todas as espécies se transformaram e se transformam de acordo com sua teoria - lenta e progressivamente.
Interessante colocar que Darwin, quanto às objeções mais sérias, julga-se ignorante para avaliá-las. No entanto, elas não são suficientes para contestar os fatos e considerações que profundamente o convenceram de que, durante uma longa série de gerações, as espécies se modificaram. Acrescenta ainda, que essas modificações efetuaram-se principalmente pela seleção natural de numerosas variações pequenas, mas vantajosas.
Com relação à afirmação de que o pesquisador atribui as modificações da espécies exclusivamente à seleção natural, Darwin assim defende-se dizendo que sempre deixou clara sua posição, escrevendo no final da introdução da primeira edição dessa obra o seguinte: "Estou convencido de que a seleção natural tem sido o agente principal das modificações, mas jamais o foi exclusivamente só"(p.450).
Além disso, contestaram a teoria da seleção natural criticando o método de raciocínio. Darwin responde dizendo: "os maiores sábios não deixaram de o seguir" (p.451).
Conclui-se o presente trabalho com a correta colocação de Darwin: "Quando as opiniões que expus nesta obra, opiniões que Mr. Wallace afirmou também do jornal da Sociedade Lineana, e quando opiniões semelhantes sobre a origem das espécies forem geralmente aceitas pelos naturalistas, podemos prever que se produzirá na história natural uma importante revolução”.
www.trampoescolar.com - Trabalhos Escolares, Educação e Diversão! ENEM, VESTIBULAR, TRABALHOS ESCOLARES DE TODAS AS MATÉRIAS COMO: BIOLOGIA, ED. FÍSICA, FÍSICA, GEOGRAFIA, HISTÓRIA, INFORMÁTICA, LITERATURA, MATEMÁTICA, PORTUGUÊS, QUÍMICA E MUITO MAIS!!!
tudo grátis -> trabalhos escolares prontos, trabalhos feitos, trabalhos acadêmicos, trabalhos universitários, monografias, teses, tcc, trabalho de conclusão de curso, informativos, livros, revistas, artigos, artigos científicos, artigos imparcialistas, documentos de investigações, monografias, resenhas, paper, ensaios, bibliografias, textos, traduções, regras ABNT, Vancouver, digitações, dissertações, projetos, pesquisas, conteúdos para o ensino médio, fundamental, vestibulares e cursos, coletâneas, frases, conclusões, mensagens, citações, temas, textos jornalísticos, gêneros literários, arquivos, relatórios, apostilas, publicações, revisões, anteprojetos, resenhas, orientações, poesias, receitas, doutrinas, plano de negócios. Educação, educacional, escola, escolar, escolres, estudos, estudante, estudando, professor, professora, professores, ensino, ensinar, ensinando, instrução, instruir, instruído, instruindo, educar, educando, eduque. Tudo gratuito, gratuitamente, grátis. geografia, geofísica egeologia. Trabalhos Escolares, normas abnt, trabalhos prontos, monografia, trabalhosescolares, Encontre aqui trabalhos escolares prontos gratis, faca sua pesquisa escolar em milhares de trabalhos prontos e artigos revisados.
Monografia, monografias, trabalhos prontos revisados, tcc tema. Milhares de trabalhos prontos, monografias, teses, tcc .... trabalhos de universidades, resenha, Paper, Ensaio, Bibliografia, Trabalhos Escolares.
Trabalhos Escolares - Cola da Web coladaweb trabalhos-escolares O Cola da Web facilita sua vida escolar e acadêmica ajudando você em suas pesquisas, trabalhos escolares e de faculdade.... O Cola da Web NÃO faz a venda
Cola da Web - Pesquisa Escolar - Trabalhos Escolares Prontos, Encontre aqui trabalhos escolares e acadêmicos prontos grátis, faça sua pesquisa escolar em milhares de artigos, lista de resumos, downloads de livros e Imagens de trabalhos escolares
Brasil Escola - Educação, vestibular, guerras, pedagogias, Trabalho escolar, trabalhos escolar, trabalho pronto escolar, trabalho escolar pronto, biblioteca virtual, educação, escola, apostilas, trabalhos escolares,
Trabalho Escolar - Pesquisas Escolares - Grupo Escolar O Grupo Escolar é um canal de estudos repleto de pesquisas escolares sobre diversos temas. Faça seu trabalho escolar aqui e estude muito!
Trabalhos Escolares - como fazer, orientações, partes de um, trabalho.htm trabalho escolar, como fazer, pequisa, partes, etapas, dicas.
Pesquisa Escolar - Trabalhos Escolares, pesquisa-escolar de beleza indescritível poderia ter inspirado os elogios de Caminha à nova terra. Internet · Universidades. Páginas de Pesquisas. Trabalhos Escolares▻
Monografias Prontas & Trabalhos Prontos Escolares Trabalhos escolares, Trabalhos Prontos e Monografias Prontas para entrega. Elaboramos trabalhos escolares, monografias prontas, trabalhos prontos e Trabalhos de Qualidade Prontos, Assistência a Qualquer Trabalho, TrabalhosFeitos - Trabalhos Escolares e Acadêmicos Prontos; Trabalhos, TrabalhosFeitos é uma crescente comunidade de trabalhos escolares e Anúncio relacionado a trabalhos escolares
TCCs Prontos Exclusivos trabalhosprontos Pesquisas relacionadas a trabalhos feitos trabalhos prontos trabalhos feitos anhanguera trabalhos feitos em casa trabalhos feitos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Palavras mais buscadas no site:
Trabalhos Escolares
Trabalho Escolar
Biologia
Português
Matéria Português
Rede Social
Dicas de Português
História
Língua Portuguesa
ZOOLOGIA
Facebook
Memes
Trolls
Geografia
Memes Zuando muito no face
Trollando
Memes para facebook
Escrevendo em redes sociais
Dúvidas de Português
Educação Física
Concursos Públicos
Gramática
Esportes
Concursos
Dicas de Concursos Públicos
Biografia
Química
O que é a língua portuguesa
Física
Questões para Concursos
Geologia
Informática
Questões
Enfermagem
Geofísica
Enem
Cartaz
Cartazes
Manifestações
TI
Tecnologia
Blocos Econômicos e Organizações Internacionais
Arte
Artes
GENÉTICA
Sociologia
PROUNI
SISU
Concordância
Biografias
Dicas
Diversos
ECOLOGIA
Faculdade
Universidade
Vestibular
Matemática
Simulado
Atualidades
Civilizações
Protesto
CAFTA
Seu Trabalho
Ortografia
QUESTÕES DE Português com Gabarito
Literatura
Crase
Computadores analógicos
Curiosidades
Esqui Aquático
Gramática.
História da computação
História do hardware
Redação
Índio
EVOLUÇÃO
QUESTÕES de Matemática com Gabarito
Indígena
Resumo
Uso da Crase - quando há (ou não) crase
Geometria Analítica
Livro
Plural
RACIOCÍNIO LÓGICO
Artigos 196 a 200 da Constituição Federal
Grafia
Hífen
Lei n° 8.142
Lei nº 8.080
Organização e Funcionamento do SUS
QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO Com Gabarito
Sistema Único de Saúde
Autores
Geometria
Homônimos
Parônimos
Tecnologia da Informação
Uso da vírgula
Construções Geométricas
Educação
Resumos
Vírgula
Anita Garibaldi
Equação da reta
Questão de Concurso
Reciclagem
Sinônimos
Verbos
Vocativo
Aleijadinho
Aluísio Azevedo
Aposto
Avaliação
Carta
Comunidade Andina
Dicionário
Emprego
Energia
Estudar Fast
Estudo Analítico do Ponto
Estudo da Reta
Exercícios
Fernando Pessoa
Formas variadas de linguagem
Futebol
Gauchês
Ginástica
História da Idade Média
Idade Média
Identidade
Imagens para Facebook
Inclinação da reta
Lei
Lei federal
Nitrogênio
Ortográfico
Pedagogia
Polo aquático
Precisão e adequação vocabular
Pronomes
Psicologia
Publicidade
Reforma ortográfica
Saúde
Significados
Tênis de Mesa
Uso de por que
Verbo
Vocabulário
por quê
porque e porquê
Ângulo de inclinação da reta
99
: Salário baixo e injustiça
A Estrutura Curricular da Disciplina De Educação Física
A Grande Influência da Lua em Nossas Vidas.
A guerra civil gaúcha
A participação do México no Nafta
ACENTUAÇÃO
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ANARQUIA
ASEAN
Abandono
Acentos
Adolf Hitler
Advérbios
Afonso Pena
AlCA x ALBA
Alca
Alfabeto
Alfred Wegener
Anatomia comparada
Apec
Apostila
Apostila Concurso Professor
Apostila PEB ll
Arte Barroca
Arte Rupestre
Artesanato
Arthur Aguiar
Artigos
Assíria
Asteca
Astrolábio
Atletismo
Até onde a Lua influencia a nossa vida?
Automação
Babilônia
Badminton
Balonismo
Barack Obama
Barão de Mauá
Barão do Rio Branco
Basquetebol
Beisebol
Benito Mussolini
Benjamin Constant
Bilhete
Biodiversidade
Biogeografia
Biologia molecular
Boxe
Brasil - Eleições 2006
CEI – Comunidade dos Estados Independentes
CLIMA
Cabo de Guerra
Caminhada
Cana-de-açúcar
Capoeira
Caratê
Caricom
Carlos Chagas
Carlos Drummond de Andrade
Carta Argumentativa
Carta comercial
Carta de Reclamação
Carta de informação
Carta de solicitação
Carta do leitor
Cartaginês
Cartão-postal
Carvão mineral
Casal
Castro Alves
Celta
Charles Chaplin
Chico Buarque de Holanda
Chinesa - Civilizações
Ciclismo
Circunferência
Clarice Lispector
Classificação dos blocos econômicos
Claude Debussy
Comemoração em outros Países
Comparativo entre C e java
Comunidade Britânica
Comunidade Sul-Americana de Nações
Conceito
Conceitos
Concretismo
Consciência
Convite
Copa 2014
Coreia do Norte e a Coreia do Sul
Corrida
Crise na Tunísia
Cruzadas
Crítica
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
DENSIDADE
DESENHO
DESMATAMENTO
DESTAQUES NO MUNDO
DOMESTICAÇÃO
Dança
Data Comemorativa
Data Mining
Data Warehouse
Decreto nº 7.508
Descrição
Desflorestamento
Desrespeito com o professor
Dia das Mães
Dia do Descobrimento do Brasil - 22 de Abril
Dicionário Web
Direito Administrativo
Dom Pedro I
Duque de Caxias
E-mail
ESPÉCIES EM EXTINÇÃO
EXPRESSIONISMO
Educação no Brasil
Educação nota 10
Egípcia
Eleição de Dilma Rousseff
Energia Solar
Enunciação e contexto
Escalada
Escultura
Esgrima
Esporte
Estrangeirismo
Estrangeirismos
Estudar é para os fortes
Estudo da Circunferência
Euclides
Evolução da Tecnologia da Informação
Exemplos de Textos do Cotidiano
Expedições medievais realizadas em nome de Deus
FIES
FOTOSSÍNTESE
Falsos Sinônimos
Falta de Vagas
Fauna
Fenícia
Feriados
Feudalismo
Figuras de estilo
Filogenia
Filogeografia
Filosofia
Fisiologia
Flora
Fly Fishing
Formação de blocos econômicos
Força de Floriano
Fracasso da Alca
Francesa
Frases em imagens
Frescobol
Futebol americano
Futurismo
Fórmula 1
G 20 Financeiro
GEO1M1
GEO2M2
Geometria Euclidiana
Germânica
Geógrafo
Geólogo
Ginástica Artística
Ginástica de trampolim
Globalização
Glossário Web
Golfe
Golfo Pérsico
Gonçalves Dias
Governo x Educação
Graciliano Ramos
Grafite
Grega
Grego
Grigori Perelman
Guerra
Guerra Civil Americana
Guerra de Secessão
Guia Prático
Gêneros textuais argumentativos
Gêneros textuais do cotidiano
Gêneros textuais do universo jornalístico
HISTiatÓRIA DA EDUCAÇÃO
HISTÓRIA DA ARTE
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃ
Heitor Villa-Lobos
Hidroginástica
História do Futebol
História em quadrinhos
Homero
Homo sapiens
Homônimas e Parônimas
Hóquei
IMPRESSIONISMO
Idade Antiga
Idade Contemporânea
Idade Moderna
Importância da mulher na sociedade
Inca
Indiana
Indigena
Individualismo
Industrialização da China
Industrialização e Urbanização
Indígena no Brasil
Indígenas
Inglesa
Inglês
Ingresso Tardio
Inscrições
Integração da Venezuela ao Mercosul
James Watt
Japonesa
Jet Ski
Jiu Jitsu
Jogo de Queimada
Jogos Olímpicos Pequim 2008
John Fitzgerald Kennedy
José de Alencar
Judô
Karl Marx
Kung-Fu
Lima Barreto
Linguagem e comunicação
Localização do Golfo Pérsico
Luiz Gonzaga
MEIO AMBIENTE
MIGRAÇÕES ANIMAIS
MMA Mixed Martial Arts
Madeira
Mahatma Gandhi
Maia
Mamíferos
Manguezal
Medicina
Memórias de Computadores
Mercosul
Mercosul: Países Integrantes
Mercúrio (planeta)
Mergulho
Mesóclise
Minas Gerais
Missão Científica Espacial Brasileira
Mix Útil
Modelos de Processadores
Modismos
Monarquia
Monteiro Lobato
Moralismo
Morfologia
Mundo Summary
Musculação
Médicos
Nado Sincronizado
Natação
Neologismo
Neologismos
O milênio da mulher
O que é Educação Física?
OEA
OLAP
OMC
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SUS - LEI 8080/90 E 8142/90
ORIGAMI
Op-art
Opep
Opinião
Os livros são um oceano infinito de conhecimento
PEB ll
POLUIÇÃO
Paleontologia
Parkour
Pedro Bandeira
Pedro Álvares Cabral
Pensamentos
Persa
Perímetros
Pesquisa
Pessoa
Piaget
Pintura
Placa tectônica
Planejamento e Gerência de Projeto de Software
Planície
Pleonasmo
Pontuação
Pop Art
Portugal
Povos indígenas
Presidentes da República do Brasil
Primavera Árabe
Princesa Isabel
Professor
Professor trollando aluno que não estuda
Pronomes átonos
Prosa Naturalista
Prova
Pré-História
Próclise
QUALIDADE DE VIDA
QUESTÕES DE Português Acentuação Com Gabarito
QUESTÕES DE Português Crase com Gabarito
Questão do Mensalão
Questões de Português Ortografia com Gabarito
R$9
RENASCIMENTO
RESPONSABILIDADE SOCIAL
ROCOCÓ
Racismo
Ranking Mundial de Educação
Rapa-Nui
Rebelião Popular
Rede municipal de saúde
Redundância
Relacionamento
Remo
Repetência
Reservas indígenas no Brasil
Respeite o Professor
Respostas
Resumo de Livro
Revolta da Armada
Revolta da Vacina
Revolta na Líbia
Revolta no Egito
Revolução Federalista
Revolução Francesa
Robô
Romana
Romero Britto
Russa
SADC
Saltos Ornamentais
Semânticas
Seriados
Sintaxe
Sismo
Sistema Operacional
Sistemática
Skate
Squash
Subjuntivo
Suméria
Surfe
Tabelas Cruzadas e DrillDown
Taekwondo
Teatro
Terremoto
Texto instrucional (injuntivo)
The Vampire Diaries
Tigres Asiáticos
Tipos de Frase
Triathlon
Turca
Turfe
Tênis
Unasul
União Europeia
União Européia
Urbanização da China
Urânio
Uso do Hífen (Novo Acordo Ortográfico)
Verbo Auxiliar
Verbos Abundantes
Verbos Anômalos
Verbos Defectivos
Verbos Regulares e Irregulares
Verbos Transitivos
Verbos de Ligação
Verdades e mentiras sobre o conflito das Coreias
Vida de professo
Viking
Voleibol
Voleibol de Praia
Volumes
Water Bike
Xadrez
Xenofobia
Xilogravura
Zuando na escola 2013
dúvida
léxico
regionalismo
saúde no Brasil
tempo verbal
toma dicionário na cara
variante linguística
Árabe - Civilizações
Áreas
Ângulos
Ênclise

Nenhum comentário:
Postar um comentário