SUMÁRIO
1.0.
|
Função
|
04
|
2.0.
|
Os
neurônios: células nervosas
|
04
|
3.0.
|
Célula
Glia
|
05
|
4.0.
|
Impulso nervoso
|
05
|
5.0.
|
Sinapse
|
06
|
5.1.
|
Sinapses
Neuromusculares
|
07
|
5.2.
|
Sinapses
Elétricas
|
07
|
6.0.
|
Sistema
nervoso central
|
07
|
6.1.
|
Introdução
|
07
|
6.2.
|
Meninges
|
07
|
6.3.
|
Partes
do encéfalo
|
08
|
7.0.
|
Sistema
nervoso periférico
|
08
|
7.1.
|
Introdução
|
08
|
7.2.
|
Nervos
e gânglios nervosos
|
08
|
7.3.
|
Nervos
sensitivos, motores e mistos
|
09
|
7.4.
|
Nervos
cranianos
|
09
|
7.5.
|
Nervos
espinais ou raquidianos
|
09
|
7.6.
|
Gânglios
espinhais
|
09
|
8.0.
|
Fisiologia
do Sistema Nervoso
|
10
|
8.1.
|
Funções
do encéfalo
|
10
|
9.0.
|
Cérebro
|
10
|
9.1.
|
Tálamo
e hipotálamo
|
10
|
9.2.
|
Tronco
encefálico
|
11
|
9.3.
|
Cerebelo
|
11
|
9.4.
|
Funções
da medula espinhal
|
11
|
10.0.
|
Divisão
funcional do sistema nervoso periférico (SNP)
|
12
|
10.1.
|
Sistema
nervoso periférico voluntário
|
12
|
10.2.
|
Sistema
nervoso periférico autônomo
|
12
|
10.2.1.
|
Sistema
nervoso simpático e parassimpático
|
12
|
11.0.
|
Cérebro
|
13
|
11.1.
|
Componentes
do cérebro
|
13
|
11.2.
|
Funções
dos hemisférios cerebrais
|
14
|
11.3.
|
Funções
do cérebro
|
15
|
12.0.
|
Alguns
distúrbios do sistema nervoso
|
15
|
12.1.
|
Acidente
vascular cerebral (AVC)
|
15
|
12.2.
|
Ataques
epilépticos
|
15
|
12.3
|
Cefaléias
|
16
|
12.4.
|
Doenças
degenerativas do sistema nervoso
|
16
|
12.4.1.
|
Esclerose
múltipla
|
16
|
12.4.2.
|
Doença
de Parkinson
|
16
|
12.4.3.
|
Doença
de Alzheimer
|
17
|
13.0.
|
Doenças
infecciosas do sistema nervoso
|
17
|
14.0.
|
Bibliografia
|
18
|
01.
FUNÇÃO
O sistema nervoso é responsável pelo
ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as
condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do
próprio corpo e elaborar respostas que se adaptem a essas condições.
A
unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, chamada “neurônio”, que é
uma célula muito estimulável; ela é capaz de perceber as mínimas variações que
ocorrem em torno dela, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua
membrana. Essa alteração elétrica é o “impulso nervoso”.
As
células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio
pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação
em cadeia.
02.
OS NEURÔNIOS: CÉLULAS NERVOSAS
Um
neurônio comum apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e
axônio. No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza
o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.
Os
dentritos (palavra originada do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos
e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de
outras células em direção ao corpo celular. O axônio é um prolongamento fino,
geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para as outras
células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.
Os
corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central
(em seguida falarei um pouco sobre ele) e também em pequenas estruturas
globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio,
genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo,
conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e as células sensoriais,
musculares e glandulares.
03.
CÉLULA GLIA
Além
dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas “glia” ou “células
gliais”, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar no seu
funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso
encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo,
dispõem-se ao longo dos capilares sangüíneos do encéfalo, controlando a
passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os
oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos
neurônios, formando envoltórios isolantes.
04.
IMPULSO NERVOSO
A
despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido a modificações
na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se
“portas de passagem” de Na, permitindo a entrada de grande quantidade desses
íons na célula. Com isso aumenta a quantidade relativa de carga positiva na
região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se
as “portas de passagem” de K+, permitindo a saída de grande
quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com
excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da
membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo.
O
estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se
propagam ao longo da membrana plásmática do neurônio. Essa onda de propagação é
o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido de fibra nervosa.
Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso
diz-se que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez,
conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo
celular, por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo. A
velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia
entre 10 cm/seg a 1 m/seg.. A propagação rápida dos impulsos nervosos é
garantida pela presença da “bainha de mielina” que recobre as fibras nervosas.
A “bainha de mielina” é constituída por camadas concêntricas de membranas
plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schawann. Entre as
células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de
Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.
Nas
fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar
continuamente pelas membranas do neurônio, pula diretamente de um nódulo de
Ranvier para outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação
do impulso pode atingir velocidades de 200 m/seg (ou 720 Km/h).
Sistema Nervoso
|
||
Divisão
|
Partes
|
Funções gerais
|
Sistema Nervoso Central (SNC)
|
Encéfalo
Medula Espinhal
|
Processamento e integração de informações
|
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
|
Nervos
Gânglios
|
Condução de informações entre órgãos receptores de
estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...)
|
05.0.
SINAPSES: Transmissão do impulso nervoso
entre células
Um impulso é transmitido de uma célula
a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é
uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio
e a superfície de outras células sensoriais, musculares ou glandulares. As
terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses ao mesmo tempo. Na
maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapse estão
muito próximas, mas não se tocam. Existe um pequeno espaço entre as membranas
celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).
Quando os impulsos nervosos atingem as
extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços
sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou
mediadores químicos, que tem capacidade de se combinar com receptores presentes
na membrana das células pós sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse
tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado
sinapse química.
05.1.SINAPSES
NEUROMUSCULARES
A ligação entre as terminações axônicas
e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação
das substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração
muscular.
05.2. SINAPSES ELÉTRICAS
Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação
se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós sináptico, sem
intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema
nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
06.0.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
06.1. INTRODUÇÃO
O encéfalo está localizado no
interior do crânio e a medula espinhal no interior de um canal existente na
coluna vertebral. O encéfalo e a medula são formados por células glia, por
corpos celulares de neurônios e por feixes de dentritos e axônios.
06.2.
MENINGES
Tanto o encéfalo como a medula
espinhal são protegidos por três camadas de tecidos conjuntivo (as meninges). A
meninge externa, mais espessa, é a “dura-máter”; a meninge mediana é a
aracnóide; e a mais interna é a “pia-máter”, firmemente aderido ao encéfalo e a
medula. A “pia-máter” contém vasos sangüíneos responsáveis pela nutrição e
oxigenação das células do sistema nervoso central.
Entre a aracnóide e a
“pia-máter”, tem um espaço que é preenchido pelo líquido cerebrospinal ou
líquido cefalorraquidiano, que também circula nas cavidades internas do
encéfalo e da medula, esse líquido tem a função de amortecer os choques
mecânicos do sistema nervoso central contra os ossos do crânio e da coluna
vertebral.
06.3.
PARTES DO
ENCÉFALO
As partes fundamentais do
encéfalo são: lobo olftativo; cérebro; tálamo; lobo óptico; cerebelo e bulbo
raquidiano ou medula oblonga).
07.0. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
07.1. INTRODUÇÃO
O sistema nervoso periférico é
constituído pelos nervos e gânglios nervosos e sua função é conectar o sistema
nervoso central às diversas partes do corpo.
07.2.
NERVOS E
GÂNGLIOS NERVOSOS
Nervos são feixes de fibras
nervosas envoltas por uma capa de tecido conjuntivo. Nos nervos existe vasos
sangüíneos responsáveis pela nutrição das fibras nervosas. As fibras presentes
nos nervos podem ser tanto dentritos como axônios que conduzem,
respectivamente, impulsos nervosos das diversas regiões do corpo ao sistema
nervoso central e vice-versa.
Gânglios nervosos são
aglomerados de corpos celulares de neurônios localizados fora do sistema
nervoso central. Os gânglios aparecem como pequenas dilatações em certos
nervos.
7.3.
NERVOS
SENSITIVOS, MOTORES E MISTOS
Nervos sensitivos são os que contêm somente fibras sensitivas, que
conduzem impulsos dos órgãos sensitivos para o sistema nervoso central.
Nervos motores são os que contêm somente fibras motoras, que
conduzem impulsos do sistema nervoso central até os órgãos efetuadores
(músculos ou glândulas).
Nervos mistos contêm tanto fibras sensitivas como fibras motoras.
7.4.
NERVOS
CRANIANOS
São os nervos ligados ao
encéfalo, enquanto nervos ligados à medula são denominados “nervos espinhais ou
raquidianos”. Possuímos doze partes de nervos cranianos responsáveis pela
intervenção dos órgãos do sentido, dos músculos e glândulas da cabeça, e também
de alguns órgãos internos.
7.5.
NERVOS
ESPINAIS OU RAQUIDIANOS
Dispõem-se em pares ao longo da
medula. Cada nervo do par liga-se lateralmente à medula por meio de duas
“raízes”, uma localizada em posição mais dorsal e outra em posição mais
ventral. A raiz dorsal de um nervo espinhal é formada por fibras sensitivas e a
raiz ventral, por fibras motoras.
7.6.
GÂNGLIOS
ESPINHAIS
Na raiz dorsal de cada espinal
existe um gânglio, o gânglio espinhal, onde se localizam os corpos celulares
dos neurônios sensitivos. Já os corpos celulares dos neurônios motores
localizam-se dentro da medula, dentro de uma substância cinzenta. Os nervos
espinhais ramificam-se perto da medula e os diferentes ramos enervam os
músculos, a pela e as vísceras.
8.0.
FISIOLOGIA
DO SISTEMA NERVOSO
8.1. FUNÇÕES DO ENCÉFALO
As informações vindas das
diversas partes do corpo, chegam até as partes específicas do encéfalo (que são
chamadas de centros nervosos), onde são integradas para gerar ordens de ação na
forma de impulsos nervosos que são emitidas às diversas partes do corpo através
das fibras motoras presentes nos nervos cranianos e espinhais.
O encéfalo humano contém cerca
de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 Kg. A região superficial
do cérebro, que acomoda bilhões de corpos celulares de neurônios (substância
cinzenta), constitui o córtex cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais
de quarenta áreas funcionalmente distintas, isto é, cada uma delas controla uma
atividade específica.
9.0.
CÉREBRO
9.1. TÁLAMO E HIPOTÁLAMO
Todas as mensagens sensoriais,
com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes
de atingir o córtex cerebral. O tálamo atua como estação retransmissora de
impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é o responsável pela condução dos
impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados.
O hipotálamo, também
constituído por substância cinzenta, é o principal centro das atividades dos
órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase
corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino,
atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla
a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo e está
envolvido na emoção e no comportamento sexual.
9.2.
TRONCO
ENCEFÁLICO
Formado pelo mesencéfalo, pela
ponte e pela medula oblonga (ou bulbo raquidiano), o tronco encefálico conecta
o cérebro à medula espinal. Além de coordenar e integrar as informações que
chegam ao encéfalo, ele controla a atividade de diversas partes do corpo.
O mesencéfalo é responsável por
certos reflexos. A ponte é constituída principalmente por fibras nervosas
mielinizadas que ligam o córtex cerebral ao cerebelo. O bulbo raquidiano
participa na coordenação de diversos movimentos corporais e possui importantes
centros nervosos.
9.3.
CEREBELO
É o responsável pela manutenção
do equilíbrio corporal, é graças a ele que podemos realizar ações complexas,
como andar de bicicleta e tocar violão, por exemplo. Ele recebe as informações
de diversas partes do encéfalo sobre a posição das articulações e o grau de
estiramento dos músculos bem como informações auditivas e visuais.
9.4.
FUNÇÕES DA
MEDULA ESPINAL
A medula espinhal elabora
respostas simples para certos estímulos. Essas respostas medulares, denominadas
atos reflexos, que permitem reagir rapidamente em situações de emergência.
A medula funciona também como
uma estação retransmissora para o encéfalo. Informações colhidas nas diversas
partes do corpo chegam a medula, de onde são retransmitidas ao encéfalo para
serem analisadas. Por outro lado, grande partes das ordens elaboradas no
encéfalo passa pela medula antes de chegar aos seus destinos.
A parte externa da medula, de
cor branca, é constituída por feixes de fibras nervosas mielinizadas,
denominados tratos nervosos, que são responsáveis pela condução de impulsos das
diversas regiões da medula para o encéfalo e vice-versa.
10.0. DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
As ações voluntárias resultam
da contratação de músculos estriados esqueléticos, que estão sob o controle do
sistema nervoso periférico voluntário ou somático. Já as ações involuntárias
resultam da contração das musculaturas lisa e cardíaca, controladas pelo
sistema nervoso periférico autônomo, também chamado involuntário ou visceral.
10.1. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO VOLUNTÁRIO
Tem por função reagir a
estímulos provenientes do ambiente externo. Ele é constituído por fibras
motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos
esqueléticos.
10.2. SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO AUTÔNOMO
Tem por função regular o
ambiente interno do corpo, controlando a atividade dos sistemas digestivos,
cardiovascular, excretor e endócrino. Ele contém fibras nervosas que conduzem
impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à
musculatura do coração.
10.2.1.
SISTEMA
NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO
O sistema nervoso periférico
autônomo é dividido em dois ramos: simpático e parassimpático, que se
distinguem tanto pela estrutura quanto pela função. Enquanto os gânglios da via
simpática localizam-se ao lado da medula espinal, distantes do órgão efetuador,
os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do sistema nervoso central e
próximos ou mesmo dentro do órgão efetuador.
As fibras nervosas simpáticas e
parassimpáticas enervam os mesmos órgãos, mas trabalham em oposição. Enquanto
um dos ramos estimula determinado órgão, o outro o inibe. Essa ação antagônica
mantém o funcionamento equilibrado dos órgãos internos.
O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao
organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
AUTÔNOMO simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo
aumento da pressão sangüínea, pelo aumento da concentração de açúcar no sangue
e pela ativação do metabolismo geral do corpo.
O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
AUTÔNOMO parassimpático, o neurotransmissor é a acetilcolina, como nas sinapses
ganglionares. Já no simpático, o neurotransmissor é, com poucas exceções, a
noradrenalina.
11.0. CÉREBRO
É a parte do sistema nervoso
central que fica dentro do crânio. É a parte mais desenvolvida e mais volumosa
do encéfalo, pesa aproximadamente 1,3 Kg e é uma massa de tecido cinza-róseo.
Quando cortado, o cérebro apresenta duas substâncias diferentes: uma branca,
que ocupa o centro e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral. O córtex cerebral
está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada uma
delas controla uma atividade específica. A presença de grandes áreas cerebrais
relacionadas ao controle da face e das mãos explica por que essas partes do
corpo têm tanta sensibilidade. No córtex estão agrupados os neurônios.
11.1.
COMPONENTES DO CÉREBRO
O cérebro é composto por cerca
de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e são
responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas
(neurônios), o cérebro contém células glia (células de sustentação), vasos
sangüíneos e órgãos secretores.
Ele tem três componentes estruturais principais: os
grandes hemisférios cerebrais, em forma de abóbada (na parte de cima), o
cerebelo, o menor e com formato mais esférico (fica mais abaixo e à direita), e
o tronco cerebral (centro). No tronco cerebral. Destacam-se a medula alongada
ou bulbo raquiano (o alargamento central) e o tálamo (que fica entre a medula e
os hemisférios cerebrais).
Os hemisférios cerebrais são responsáveis pela inteligência e pelo
raciocínio.
O tronco encéfalo, formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula
oblonga, conecta o cérebro à medula espinal, além de coordenar e entregar as
informações que chegam ao encéfalo. Controla as atividades de diversa partes do
corpo.
O mesencéfalo recebe e coordena informações referentes ao estado de
contrações dos músculos e postura,
responsável por certos reflexos.
O cerebelo ajuda a manter o equilíbrio e a postura.
O bulbo raquiano está implicado na manutenção das funções
involuntárias, tais como a respiração.
A ponte á constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas
que ligam o córtex cerebral ao cerebelo.
O tálamo age como centro de retransmissão dos impulsos elétricos.
11.2.
FUNÇÕES DOS
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
Embora os hemisférios cerebrais
tenham uma estrutura simétrica, ambos (direito e esquerdo) com dois lóbulos que
emergem do tronco cerebral e com áreas sensoriais e motoras, certas funções
intelectuais são desempenhadas por um único hemisfério. Geralmente, o
hemisfério dominante de uma pessoa ocupa-se da linguagem e das operações
lógicas, enquanto que o outro hemisfério controla as emoções e as capacidades
artísticas e espaciais. Em quase todas as pessoas destras e em muitas pessoas
canhotas, o hemisfério dominante é o esquerdo. Esses dois hemisférios são
conectados entre si por uma região denominada corpo caloso.
11.3.
FUNÇÕES DO
CÉREBRO
O cérebro é o centro de
controle do movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas as atividades
vitais necessárias à sobrevivência. Todas as emoções, como o amor, o ódio, o
medo, a raiva, a alegria, a tristeza, também são controladas pelo cérebro. Ele
está encarregado ainda de receber e interpretar os inúmeros sinais enviados
pelo organismo e pelo exterior.
Os cientistas, já conseguiram
elaborar um mapa do cérebro, localizando diversas regiões responsáveis pelo
controle da visão, audição, olfato, paladar, dos movimentos automáticos e das
emoções, entre outras. No entanto, pouco ainda se sabe sobre os mecanismos que
reagem o pensamento e a memória.
12.0. ALGUNS
DISTÚRBIOS DO SISTEMA NERVOSO
12.1. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
É um distúrbio grave do sistema
nervoso. Podem ser causados tanto pela obstrução de uma artéria que leva a
isquemia de uma área do cérebro, como por uma ruptura de uma artéria, seguida
de derrame. Os neurônios alimentados pela artéria atingida ficam sem oxigenação
e morrem, estabelecendo-se uma lesão neurológica. A porcentagem de óbitos entre
pessoas atingidas por AVC é de 20% a 30% e, dos sobreviventes, muitos passam a
apresentar problemas motores e de fala. Alguns dos fatores que predispõem ao
AVC são a hipertensão arterial (pressão alta), a taxa elevada de colesterol
(gordura) no sangue, a obesidade, o diabete (açúcar no sangue), o uso de
pílulas anticoncepcionais e o hábito de fumar.
12.2.
ATAQUES
EPILÉTICOS
Epilepsia não é uma doença e
sim um sintoma que pode ocorrer em diferentes formas clínicas. As epilepsia
aparecem, na maioria dos casos, antes dos dezoito anos de idade e podem Ter
causas diversas, tais como anomalias congênitas (de nascença), doenças do
sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de traumatismo craniano, tumores
cerebrais, etc.
12.3.
CEFALÉIAS
São dores de cabeça (muito
forte), que podem se propagar pela face, atingindo os dentes e pescoço. Sua
origem está associada a fatores
diversos, como tenção emocional, distúrbios visuais e hormonais, pressão alta,
infecções, sinusites, etc.
12.4. DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SISTEMA NERVOSO
Diversos fatores podem causar
morte celular e degeneração, em maior ou menor escala, do sistema nervoso.
Esses fatores podem ser mutações genéticas, infecções virais, drogas
psicotrópicas, intoxicação por metais, poluição, etc. As doenças nervosas
degenerativas mais conhecidas são a esclerose múltipla, a doença de Parkinson e
a doença de Alzheimer.
12.4.1. ESCLEROSE MÚLTIPLA
Se manifesta por volta dos 25 a
30 anos de idade, sendo mais freqüente nas mulheres. Os primeiros sintomas são
alterações da sensibilidade e fraqueza muscular. Podem ocorrer perda da
capacidade de andar, distúrbios emocionais, incontinência urinária, quedas de
pressão, etc.
12.4.2. MAL DE PARKINSON
Manifesta-se geralmente a
partir dos 60 anos e é causada por alterações nos neurônios que constituem a
“substância negra” e o corpo estriado, dois importantes centros motores do
cérebro. A pessoa afetada passa a apresentar movimentos lentos, rigidez
corporal, tremor incontrolável, além de acentuada redução na quantidade de
dopamina, substância neurotransmissora fabricada pelos neurônios do corpo
estriado.
12.4.3. DOENÇA DE ALZHEIMER
O nome da doença surgiu por
causa do neurologista alemão Alois Alzheimer. Esta doença é uma demência que se
manifesta por volta dos 50 anos e se caracteriza por uma deterioração intelectual
profunda, desorientando a pessoa, que perde progressivamente a memória, as
capacidades de aprender e de falar.
Essa doença é considerada a
primeira causa de demência senil. (forma clínica de deterioração intelectual do
idoso). A expectativa média de vida de quem sofre dessa doença é de cinco a dez
anos. Embora atualmente muitos pacientes sobrevivam por 15 anos ou mais.
13.0. DOENÇAS INFECCIOSAS DO SISTEMA NERVOSO
Vírus, bactérias, protozoários
e vermes podem paralisar o sistema nervoso, causando doenças de gravidade que
depende do tipo de agente infeccioso, de seu estado físico e da idade da
pessoa.
Diversos tipos de vírus podem
atingir as meninges (membranas que envolvem o sistema nervoso central),
causando as meningites virais. Se o encéfalo for afetado, fala-se de
encefalites. Se a medula espinal for afetada. Fala-se de poliomielite.
Infecções bacterianas também podem causar meningites.
14.0. BIBLIOGRAFIA
Enciclopédia Larrousse Cultural
Enciclopédia Barsa
Ciência e Futuro (2000/2001)
O Corpo Humano, de Daniel Cruz
Webciência.com
Enciclopédia O Mundo da Criança
Luíza Camelo Freire, 13 anos, sétima série, Colégio São
Luís, Recife/PE
e-mail: luizacamelo2001@hotmail.com
FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)
Nenhum comentário:
Postar um comentário