Progresso tecnológico
A invenção de máquinas e mecanismos como a lançadeira móvel, a
produção de ferro com carvão de coque, a máquina a vapor, a fiandeira mecânica
e o tear mecânico causam uma revolução produtiva. Com a aplicação da força
motriz às máquinas fabris, a mecanização se difunde na indústria têxtil e na
mineração. As fábricas passam a produzir em série e surge a indústria pesada
(aço e máquinas). A invenção dos navios e locomotivas a vapor acelera a
circulação das mercadorias.
Empresários e proletários
O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas
novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários
(capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas,
matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou
trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos
empresários para produzir mercadorias em troca de salários.
Exploração do trabalho
No início da revolução os empresários impõem duras condições de
trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção
e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa, mas as
condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a
jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres
e crianças não têm tratamento diferenciado.
Movimentos operários
Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas
condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de
depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de
trabalhadores da mesma área.
Sindicalismo
Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam
gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os
primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional.
Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade
unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de
trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864
na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.
Curiosidade: Primeiro de maio – É a data escolhida na maioria dos países
industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do
trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores
condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA.
No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais.
Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios.
Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente,
são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados
Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro.
Conseqüências do processo de industrialização
As principais são a divisão do trabalho, a produção em série e a
urbanização. Para maximizar o desempenho dos operários as fábricas subdividem a
produção em várias operações e cada trabalhador executa uma única parte, sempre
da mesma maneira (linha de montagem). Enquanto na manufatura o trabalhador
produzia uma unidade completa e conhecia assim todo o processo, agora passa a
fazer apenas parte dela, limitando seu domínio técnico sobre o próprio
trabalho.
Acúmulo de capital
Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e
permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O
sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de
capitais e a expansão do comércio em escala mundial.
Controle do campo
Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no
campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos
agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho.
Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de
suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria
nascente.
Crescimento populacional
Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das
epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de
trabalhadores para a indústria.
Reservas de carvão
Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas
estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a
instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus
usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio
internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais
navegáveis. Em 1848 a
Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias.
Situação geográfica
A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa,
facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite
conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso
comércio costeiro.
Expansão Industrial
A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada
pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália,
Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria
de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo
são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).
Revolução industrial - Parte 2
A revolução industrial caracteriza-se pela produção industrial em
grande escala voltada para o mercado mundial, com uso intensivo de máquinas. A
Inglaterra é o primeiro país a realizá-la. A economia inglesa começa a crescer
em 1780, e, em 1840, a
indústria já está mecanizada, há uma rede nacional de estradas de ferro, começa
a construir ferrovias em outros países, exporta locomotivas, vagões, navios e
máquinas industriais.
Era das Invenções
Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter
moderno de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente
aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios
cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como
Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin.
Benjamin Franklin
(1706-1790), estadista, escritor e inventor americano. Nasce em
Boston, em uma família humilde e numerosa – 17 irmãos. Aos 10 anos, começa a
trabalhar com o pai, um fabricante de sabão. Aos 12, emprega-se como aprendiz
na gráfica de um de seus irmãos.
Em 1723, muda-se para a Filadélfia, quando começa a dedicar-se às
letras e às ciências. Autodidata, aprende diversas línguas. Em 1730, já é
proprietário de uma oficina gráfica e da Gazeta da Pensilvânia. Membro da
Assembléia da Pensilvânia, dedica-se à política e à pesquisa científica. Em
1752, inventa o pára-raios. Quinze anos depois, ajuda a elaborar a Declaração
de Independência dos EUA. Seu retrato aparece na nota de US$ 100.
Eletricidade – Da primeira pilha, produzida em 1800 por Alessandro Volta, até
a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1878, centenas de pesquisadores
dedicam-se a estudar a eletricidade em várias partes do mundo. Suas descobertas
aceleram o desenvolvimento da física e da química e os processos industriais.
Thomas Alva Edison (1847-1931) - é um dos
grandes inventores norte-americanos. Nasce em Ohio, filho de um operário de
ferro-velho. É alfabetizado pela mãe e, aos 12 anos, começa a trabalhar como
vendedor de jornais. Durante a Guerra de Secessão instala uma impressora num
vagão de trem e inicia a publicação do semanário The Weekly Herald, o qual
redige, imprime e vende. Dedica-se à pesquisa científica e é um dos primeiros a
criar um laboratório comercial especializado em invenções práticas. Emprega
dezenas de cientistas e pesquisadores. Até 1928, já havia registrado mais de
mil invenções, como o fonógrafo (1877), a lâmpada incandescente (1878) e o
cinetoscópio (1891).
FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)
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